domingo, 5 de maio de 2013

A minha história favorita (título escolhido pela autora)


     Aqui vivo eu, num lugar calmo, no meio da floresta, onde existem plantas e animais, onde existe ar fresco e luz, onde existem lagos, nascentes e foz dos rios. Numa casa pequena, vivo eu, sozinha mas feliz.


      Aqui estou eu, no rio mais calmo da floresta, onde existem peixes e plantas, borboletas e ervas. Aqui estou eu no meio da floresta com os meus amigos e os animais. Aqui estou eu na minha casa a dormir na minha cama.

     Todos os dias quando acordo e depois de comer, dou comida aos animais e rego todas as plantas dia e noite sempre que for preciso. Os dias mais felizes da minha vida, são os que passo com os animais a correr pela floresta, a brincar e a divertirmo-nos. Nestes dias reparei, que viver sozinha pode ter sido uma boa escolha, sentir o vento fresco a bater na minha cara e a pele fofa dos animais, cheirar as flores mais belas e os bolos deliciosos, aqui vou viver para o resto da minha vida.

     Hoje acordei, fiz a minha rotina, e à tarde fiz bolos, queques, sandes, biscoitos, a comida favorita dos animais e convidei os meus amigos para ir fazer um piquenique, já eu estava ao pé do rio com os animais, esperámos um pouco até eles chegarem, quando chegaram coloquei a comida em cima da manta e saboreámos o delicioso manjar que fiz, depois fomos dar um passeio até ao topo da montanha mais próxima da floresta, ali o ar fresco batia-nos na cara, era tão refrescante e tão bom sentir um vento assim no verão. Voltei para casa com os animais, já estávamos muito cansados e fomos dormir, esta noite eles dormiram comigo.

     As semanas após o piquenique foram simples, agora já era Outono, as folhas iam mudando de cor, as aves já preparavam-se para imigrar e os outros animais preparavam--se para hibernar. Eu passava os dias sozinha no quarto, a pensar porque é que eles não podiam ficar na minha casa, pensei e pensei, e não me surgiu nenhuma boa ideia. Então, fui passear pela floresta, e encontrei uns animais que não imigraram nem hibernaram, eram pandas bebés, estavam sozinhos ao pé da árvore, pareciam feridos, decidi levá-los para casa, curei as suas feridas, e pu-los na cama, eles adormeceram. Fiquei contente, por ter arranjado companhia, mas sabia que não iriam ficar comigo para sempre.

 
     Quando acordaram, levei leite para eles beberem, eram tão fofinhos, mas pareciam-me muito tristes. Durante 2 meses, brincamos, eu dava-lhes de comer e divertíamo-nos. Mas aproxima-se o inverno, está mais frio, as folhas das árvores estão a cair, a neve está chegar e o sol quase não aparece.

     Durante 4 meses, tentei encontrar a família dos pandas, mas não tive sorte. Felizmente a primavera está a chegar, as flores começam a nascer, a neve a derreter, e a temperatura a aumenta, as aves voltam, e os animais acordam da sua hibernação. Pensei que encontrasse a sua família, já que era primavera, mas continuei sem sorte.

     Um dia, quando fui brincar com os pandas bebés, encontrei os animais todos que voltaram e os que acordaram, estivemos todos a brincar, foi muito divertido, mas não tive a sorte de encontrar a família dos pandas. Todos os dias tinha o mesmo objetivo. Até que um dia, a sorte chegou à nossa floresta, dois pandas bem grandes, apareceram à nossa frente quando ia passear pela floresta com os pandas, fiquei tão contente, mas tive uma pequena desilusão, não eram os pais deles, eram os tios, mas apesar disso entreguei-os a eles. Os pandas e eu ficamos grandes amigos, por eu ter cuidado deles durante aquele tempo todo.

    A partir de então, a família dos pandas vem-me visitar todos os anos para eu não sentir-me sozinha no outono e no inverno.

Oficinas de Escrita Criativa na Activ@Mente , Seixal - Páscoa de 2013

Sandra - 11 anos

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